sexta-feira, 7 de agosto de 2009

"BROTHER" Alice in Chains

rozen in the place I hide
Not afraid to paint my sky with
Some who say I've lost my mind
Brother try and hope to find

You were always so far away
I know that pain so don't you run away
Like you used to do

Roses in a vase of white
Bloodied by the thorns beside the leaves
That fall because my hand is
Pulling them hard as I can

You were always so far away
I know that pain and I won't run away
Like I used to do

Pictures in a box at home
Yellowing and green with mold
So I can barely see your face
Wonder how that color taste

You were always so far away
I know the way so don't you run away
Like you used to do
Like you used to do

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

"CULT OF PERSONALITY" LIVING COLOUR



"E durante os poucos momentos que ainda nos restam,
gostaríamos de falar, para toda a Terra, em uma
linguagem que qualquer um aqui possa entender."
Malcolm X

Olhe em meus olhos, o que você vê?
O Culto da Personalidade
Conheço a sua raiva, conheço os seus sonhos
Eu tenho tudo que você quer ser, oh
Eu sou o Culto da Personalidade
Tal como Mussolini e Kennedy
Eu sou o Culto da Personalidade
O Culto da Personalidade
O Culto da Personalidade

Luzes neon, Prêmio Nobel
Quando um espelho fala, o reflexo mente
Você não terá que me seguir
Só você pode me tornar livre

Eu vendo as coisas que você precisa para existir
Sou o rosto sorridente da sua tv
Eu sou o Culto da Personalidade
Exploro você, ainda assim me ama
Eu lhe digo que um mais um são três, oh
Eu sou o Culto da Personalidade
Assim como Joseph Stalin e gandhi
Eu sou o Culto da Personalidade
O Culto da Personalidade
O Culto da Personalidade

Luzes neon, Prêmio Nobel
Quando um lider fala, o lider morre
Você não terá que me seguir
Só você pode se tornar livre

Você me deu sorte, você me deu fama
Você me deu poder em nome do seu Deus
Sou cada pessoa que você precisa ser, oh
Sou, o, Cul, to, da, Per, so, na, li, da, de

Eu sou o Culto (8x)
Da Personalidade

"Não pergunte o que o país pode fazer por você"
John F. Kennedy
"A única coisa a qual devemos temer é a nós mesmos"
Franklin D. Roosevelt

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Conto parte 2: "Humor Negro"-Guarde este recado: alguma coisa sempre faz falta. Guarde sem dor, embora doa, e em segredo.

"Eu preciso muito, muito de você eu quero muito, muito você aqui de vez em quando nem que seja muito de vez em quando você nem precisa trazer maçãs nem perguntar se estou melhor você não precisa trazer nada só você mesmo você nem precisa dizer alguma coisa no telefone basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro.Mas eu preciso MUITO de você." (Caio F. Abreu)
P.S: Não fique bravo comigo, juro que quando voltar estarei melhor, bom, pelo menos assim espero.
Minha mãe me levará amanhã pela manhã no aeroporto meu vôo sai as 10:15 gostaria que você estivesse lá pra se despedir.
I.P.C : vê se não esquece de dar comida pro cachorro... E claro pra você também. Sentirei saudades.
Pra sempre sua Aline.


Era realmente impressionante como essa mulher possui o enorme prazer em espirrar seu terrível perfume doce e embriagante em quase tudo que lhe pertencia. Diferente do que a grande maioria de cientistas pensava, são as Fêmeas em totalidade e não os Machos que possuem a incrível necessidade de “demarcar” seu território em quase tudo! Se você chega com um cheiro estranho em casa a primeira coisa que certamente iria ouvir seria: “Eduardo F., de qual vadia é esse perfume de puta?”
Se existisse algum perfume Frances chamado “La Putê”, todas as mulheres comprometidas espirrariam o perfume em seus parceiros durante seus sonos, só para terem um motivo do qual reclamar. Mulher é bicho estranho, cuja alma obscura é inegavelmente complexa, cheia de manias e mimos.
Toda mulher é assim, se tudo estiver perfeito em uma relação elas reclamam pras amigas dizendo “ai miga tudo está tão monótono entre eu e ele,não é mais a mesma coisa”, e se as coisas não estão boas, elas simplesmente persistem em tentar em algo que nunca vai dar certo.
Para Aline a vida não teria mais graça se não houvesse um toque de melancolia, parece que ela possui um grande prazer em transformar pequenos acontecimentos em uma “Sentimental storm”.
Tentei levantar-me da cama, todos os esforços me foram inúteis, pois era como se houvesse um grande peso morto em cima de mim.
Uma súbita agonia pareceu invadir-me a devaneio, suspirei profundamente na esperança de preencher um grande vazio que pareceu consumir-me por dentro. O que estava acontecendo comigo?
Minha mão direita agarrou-se ao lençol ao meu lado, onde havia uma inesperada vaga que durante alguns anos havia sido preenchida por alguém. Olhei para o lado e tudo que pude ver era um vazio que parecia tão imenso quanto o existente entre a terra e a lua. Algo estava faltando. E eu sabia o que era só não podia admitir. Aquele perfume doce e familiar invadiu minhas narinas e simultaneamente preencheu o meu peito, da mesma maneira em que as águas invadem os pulmões de quem está se afogando tive a sensação de iria morrer no mesmo instante.
Tentei reerguer-me da cama com certo esforço, o efeito da “speedball” parecia estar passando, me levantei meio de bruços ainda meio zonzo. Com calma pus meus pés descalços sobre o chão de madeira gelado propositavelmente, na esperança de que uma voz familiar e um tanto raivosa gritasse: “Seu infeliz, já não basta ter de gastar dinheiro com o gato da vizinha que você fez o favor de atropelar, agora quer eu pague remédio pra você também. Coloca agora a porra do chinelo!”
A minha mente estava confusa devido o efeito das drogas, uma espécie de melancolia misturada com raiva se fundia com meus pensamentos doentios. Gritei bem alto: - Está vendo sua vadia! Agora eu faço o que eu quiser! Você não está aqui pra me impedir! Infelizmente... – murmurei. - Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio. Lembrei da maldita frase de Caio F.
Como odiava esse homem, ela gosta muito dele, gostava tanto que vivia enchendo meu estúdio de estúpidos bilhetinhos com frases prontas feitas pelo mesmo. E por mais que odiasse admitir, o homem tinha a sua genialidade. Existia algo similar entre os dois talvez seja a profunda melancolia, já que ele nunca parecia estar feliz. Andei lentamente até chegar ao banheiro do quarto, vomitei durante algum tempo na pia do banheiro, olhei-me no espelho e pude ver os olhos dela em mim. Ali, observando-me, como se pudessem me atravessar, podia jurar que ela estava atrás de mim, como uma assombração. O cérebro indubitavelmente me pregará peças tão realista, que pensei que realmente ela estava atrás de mim a beijar minha nuca, como ela sempre fazia pela manhã, onde até mesmo os arrepios familiares percorriam todos os centímetros de minha pele.
O ser humano é inegavelmente patético, “Algo sempre nos falta — o que chamamos de Deus, o que chamamos de amor, saúde, dinheiro, esperança ou paz. Sentir sede faz parte. E atormenta. Como a vida é tecelã imprevisível (...)
Tomei uma ducha o mais rápido possível, peguei as chaves do carro e da casa, sai de lá o mais rápido o possível. Sempre soube que era alguém egoísta e que cometia muitos erros, mas tinha a exata certeza de que se a deixa-se escapar outra vez, seria talvez algo irreparável.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Conto parte 1: "Humor Negro"

Por toda viagem, ele mantinha-se distante, tão distante quanto eu estava, olhava pelo vidro do carro e via a vida passando como aqueles clipes de fotos feitos no move maker; parecia até mesmo um filme sem som daqueles bem antigos em preto em branco, a rua estava escura e as luzes eram como pequenos pisca-piscas vindo de faróis alheios e de casas. O silêncio era tão mortal, quanto aquele dia trágico em que definitivamente meu mundo perdeu a cor.
Ele permanecia sério e frio, olhando para frente foi quando o silêncio finalmente se rompeu, e por incrível que pareça não foi graças a minha tagarelice. Por um momento seus olhos desviaram-se para mim e de seus lábios eu pude ouvir sair aquele som agradável que era sua voz rouca:-Você é deprimente - ele mantinha uma espécie de sorriso irônico nos lábios, e eu ainda olhando para janela, me mantive calada olhando para estrada - por um momento, gostaria de saber o que se passa por sua mente, isso realmente me preocupa...
-Não devia se importar com isso, e também o que eu penso não é da sua conta...
-acho que vou voltar e ver se deixei sua alma em algum lugar do caminho, juntamente com seu juízo, garota. – olhei para ele com um sorriso um tanto forçado nos lábios e lhe disse com certa seriedade.
-não se preocupe com minha alma, ela não ficou no meio do caminho, eu já não a tenho faz tempo.
-acho que o juízo também - Retrucou com certa ignorância- que trágico, não? –ele sorria com certa frieza e ironia.
-Hum... –mesmo visivelmente perturbada com o seu comentário, tentei me manter calma, olhei mais uma vez para ele, o que significava que a qualquer momento voaria em seu pescoço, o que ele percebeu, já que conhecia como ninguém os meus sinais corporais, do tipo corra o eu te mato, ou então você estava certo e eu errada, já que não costumava admitir meus pequenos deslizes, então já que ficaríamos ainda um bom tempo juntos naquele carro, conectei meu Ipod no cd player do carro e deixei no aleatório, pois queria me distrair para não matá-lo, quando começou a tocar dow in a hole do Alice in chains, mais uma vez sua mente aparentemente manteve-se distante de mim, e na medida em que a musica tocava mais ainda me mantinha presa em pensamentos suicidas do tipo, se eu abrir a porta e me jogar desse carro o que aconteceria? Mas como não era muito corajosa, ficou apenas no pensamento, foi quando chegou minha parte preferida da música:
“Bury me softly in this womb (Oh I want to be inside of you)…”
Foi quando eu percebi que ele me olhava, com uma expressão realmente encantadora, em um tanto maliciosa, seus lábios acompanhavam a música exatamente nessa parte, porém não saia som algum, ele fazia de propósito, certamente que sim:
“...I give this part of me for you (Oh I want to be inside of you)
Sand rains down and here I sit
Holding rare flowers (Oh I want to be inside of you)
In a tomb, oh I want to be inside... (Oh I want to be inside of you)”

Foi quando nossos olhares se encontraram pelo retrovisor, eu percebi aquele sorriso sarcástico e meio pervertido que só ele podia fazer, e era aquele mesmo sorriso que mesmo após tantos anos de convívio me faziam querer que mais uma vez... Ele se perdesse dentro de mim... Foi quando deixe escapulir aquele sorriso que indicava que estava receptiva, e sem mais nem menos olhou para mim e soltou aquele súbito e inesperado:
-eu te amo, e estou aqui com você, será que ainda não percebeu? Eu estou vivo - tirou uma das mãos do volante e colocou sobre a minha, mas mantinha-se concentrado a olhar para frente, já que estava chovendo e era perigoso perder a concentração quando se dirige, fiquei realmente sem reação, atônita eu diria, já que ele só dizia que me amava a cada dez anos, o que era curioso já que nos conhecíamos apenas a onze ainda faltavam nove pra ele repetir aquela palavra que parecia tão tosca quando vinda de seus lábios, aquilo sem duvidas nenhuma era apavorante, ainda por cima vindo dele, mas era difícil admitir, o quanto ele conseguia me abalar quando era fofo comigo, mesmo que na maneira dele. Foi quando eu me virei para ele, apertei sua mão com certa força, e beijei sua bochecha como eu fazia quando éramos apenas amigos, e isso o deixava realmente desconcertado.
-eu também te amo.
-é eu sei disso, só tava te testando mesmo garota.
-hum...
-A propósito, você sabe onde estamos?
- o que estamos perdidos?
-mais ou menos...
-não existe perdido mais ou menos! Ou a gente sabe onde esta ou não sabe! Você devia ter me deixado dirigir!
-Nada disso, entre perdido e morto prefiro ficar perdido!
-ai como você me aborrece... Tão machista...
-não é machista, é precavido, só por que eu amo minha vida quer dizer que sou machista?
-Mas que horror você fala como se matei alguém atropelado!
-Graças a Deus -num tom totalmente irônico- você só conseguiu atropelar aquele pobre cachorro, aquele pombo desavisado, e sua mãe...
-Pera aew! Como assim graças a Deus minha mãe! Não tive culpa se ela estava atrás do carro abaixada pegando a carteira que caiu no chão, também não tive culpa se ela tava parada na causada que eu ia estacionar!
-É realmente você não teve culpa de ter atropelado a própria mãe quando ia estacionar num local proibido... E eu não fiquei com pena da sua mãe, fiquei com pena mesmo foi do cachorro, pobre cãozinho indefeso...
-Estamos falando da minha mãe sabia?
-Por isso mesmo... É a sua mãe... E ela é má!
-então você não vai se incomodar quando eu começar a falar da sua mãe! Aquela víbora!
-olha coitadinha, ela é um anjo! –ele realmente avia se superado, seu tom irônico de deboche realmente me deixavam furiosa, junto daquele terrível humor negro, mas de certa forma éramos iguais, acho que não totalmente iguais, mas parecidos em termos de humor, já que a pobre mãe dele me era motivos de piadas ridículas o tempo todo. Mesmo ele falando mal da minha mãe, ele conseguia fazer com que eu não ficasse brava, com isso até conseguia me arrancar algum sorriso, mesmo no pior dia. E sem duvidas nenhuma, era o que me fazia amá-lo mesmo depois de tanto tempo.

Homenagem aos meus amados amigos "darkissimos”!

por:Caio Fernando Abreu

Estás desempregado? Teu amor sumiu? Calma: sempre pode pintar uma jamanta na esquina.

Tenho um amigo, cujo nome, por muitas razões, não posso dizer, conhecido como o mais dark. Dark no visual, dark nas emoções, dark nas palavras: darkésimo. Não nos conhecemos a muito tempo, mas imagino que, quando ainda não havia darks, ele já era dark. Do alto de sua darkice futurista, devia olhar com soberano desprezo para aquela extensa legião de paz e amor, trocando flores, vestida de branco e cheia de esperança.Pode parecer ilógico, mas o mais dark dos meus amigos é também uma das pessoas mais engraçadas que conheço. Rio sem parar do humor dele- humor dark, claro. Outro dia esperávamos um elevador, exaustos no fim da tarde, quando de repente ele revirou os olhos, encostou a cabeça na parede, suspirou bem fundo e soltou essa: -"Ai, meu Deus, minha única esperança é que uma jamanta passe por cima de mim..." Descemos o elevador rindo feito hienas. Devíamos ter ido embora, mas foi num daqueles dias gelados, propícios aos conhaques e às abobrinhas.

Tomamos um conhaque no bar. E imaginamos uma história assim: você anda só, cheio de tristeza, desamado, duro, sem fé nem futuro. Aí você liga para o Jamanta Express e pede: -"Por favor, preciso de uma jamanta às 30h15, na esquina da rua tal com tal. O cheque estará no bolso esquerdo da calça". Às 20h14, na tal esquina (uma ótima esquina é a Franca com Haddock Lobo, que tem aquela descidona) , você olha para esquina de cima. E lá está- maravilha!- parada uma enorme jamanta reluzente, soltando fogo pelas ventas que nem um dragão de história infantil. O motorista espia pela janela, olha para você e levanta o polegar. Você levanta o polegar: tudo bem. E começa a atravessar a rua. A jamanta arranca a mil, pneus guinchando no asfalto. Pronto: acabou. Um fio de sangue escorrendo pelo queixo, a vítima geme suas últimas palavras: -"Morro feliz. Era tudo que eu queria..."

Dia seguinte, meu amigo dark contou: - "Tive um sonho lindo. Imagina só, uma jamanta toda dourada..." Rimos até ficar com dor na barriga. E eu lembrei dum poema antigo de Drummond. Aquele Consolo na Praia, sabe qual? "Vamos não chores / A infância está perdida/ A mocidade está perdida/ Mas a vida não se perdeu" – ele começa, antes de enumerar as perdas irreparáveis: perdeste o amigo, perdeste o amor, não tens nada além da mágoa e solidão. E quando o desejo da jamanta ameaça invadir o poema – Drummond, o Carlos, pergunta: "Mas, e o humour?" Porque esse talvez seja o único remédio quando ameaça doer demais: invente uma boa abobrinha e ria, feito louco, feito idiota, ria até que o que parece trágico perca o sentido e fique tão ridículo que só sobra mesmo a vontade de dar uma boa gargalhada. Dark, qual o problema?

Deus é naja - descobrimos outro dia.

O mais dark dos meus amigos tem esse poder, esse condão. E isso que ele anda numa fase problemática. Problemas darks, evidentemente. Naja ou não, Deus (ou Diabo?) guarde sua capacidade de rir descontroladamente de tudo. Eu, às vezes, só às vezes, também consigo. Ultimamente, quase não. Porque também me acontece – como pode estar acontecendo a você que quem sabe me lê agora - de achar que tudo isso talvez não tenha a menor graça. Pode ser: Deus é naja, nunca esqueça, baby.Segure seu humor. Seguro o meu, mesmo dark: vou dormir profundamente e sonhar com uma jamanta. A mil por hora.